também deixam saudade. ao escutar os velhos de um tal jardim acústico, reparo que projectam o eco em notas sem acorde. vulgares, porque experimentaram toda uma vida, cabem sem nome em qualquer verso ou história.
E deixam saudade. não aquele sentimento vulgar de quem se habitua a gostar de tudo o que vive no passado, mas uma saudade que desenha a memória dos sonhos com rugas na face, artroses nos joelhos, hiperglicemias no olhar e o coração hiper-tenso.
As coisas vulgares especializam a vida. e são as vidas que deixam saudade.