domingo, fevereiro 27, 2011

óleo e carvão (I)


e os traços no papel, as manchas de calor e timidez. pele sulcada e olhar suspenso, inquieto,  à procura de um horizonte seguro onde ancorar as certezas mais débeis e intermitentes
 - quero-te bem. 

 A vida ensina a sofrer mas não ensina a amar, ouvi-te dizer. quiseram vender-te livros com instruções erradas e por isso nunca soubeste em quem confiar. não sabes ainda. posso dizer-te que a lógica nem sempre tem razão? que podes confiar e saber depois
quero-te bem.  

E o teu humor oscila com um ritmo próprio que nem tu sabes entender. nunca soubeste (aquilo que esqueceste de me ensinar). sei-te distante enquanto desenho o teu rosto em dias de sol. mas é o calor das palavras quem escreve. é o calor das histórias nas memórias que serão amanhã a dizer
(quero-te bem)